A importância da quesitação no crime de feminicídio
O crime de feminicídio é um tema de grande relevância no Direito atual, principalmente pelo aumento preocupante de casos registrados no Brasil. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020, houve um aumento de 7,1% dos casos de feminicídio em relação ao ano anterior. Diante dessa realidade, é fundamental que os profissionais do Direito estejam atentos às questões relacionadas a esse crime, especialmente no que diz respeito à quesitação.
A quesitação pode ser definida como o conjunto de perguntas que o juiz, o promotor de justiça e os advogados devem formular às testemunhas e ao réu durante o julgamento de um processo. No caso específico do feminicídio, a quesitação é ainda mais importante, pois tem o objetivo de esclarecer as circunstâncias do crime, bem como a motivação e a conduta do agressor.
A legislação e a quesitação no feminicídio
O feminicídio foi incluído no Código Penal brasileiro em 2015, por meio da Lei nº 13.104. Essa lei alterou o artigo 121 do Código Penal, que trata do crime de homicídio, incluindo o feminicídio como uma de suas modalidades. De acordo com o artigo 121, § 2º, inciso VI, considera-se feminicídio o homicídio praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
A inclusão do feminicídio no Código Penal trouxe à tona a necessidade de uma maior atenção por parte dos profissionais do Direito na hora de formular as perguntas durante o julgamento. A legislação não traz um rol específico de quesitos para o crime de feminicídio, porém, é importante que os quesitos sejam elaborados de forma a abordar questões como a violência doméstica, a relação de poder entre agressor e vítima, a motivação do crime, entre outros aspectos relevantes.
A importância da quesitação para a justiça e a segurança da mulher
A quesitação no crime de feminicídio é fundamental para garantir a justiça e a segurança da mulher. Por meio das perguntas formuladas durante o julgamento, é possível esclarecer os fatos e entender a dinâmica da violência sofrida pela vítima. Além disso, a quesitação também contribui para a identificação de possíveis falhas nas investigações e para a punição adequada do agressor.
Além disso, a quesitação também é importante para conscientizar a sociedade sobre a gravidade do feminicídio e para combater a cultura de violência contra a mulher. Ao abordar questões como a motivação do crime e a relação de poder entre agressor e vítima, os quesitos podem ajudar a desconstruir mitos e preconceitos que ainda existem em relação à violência de gênero.
Conclusão
Em suma, a quesitação no crime de feminicídio é um tema de extrema importância para os profissionais do Direito. É fundamental que os juízes, promotores e advogados estejam atentos às particularidades desse tipo de crime e formulem perguntas adequadas que possam contribuir para a justiça e a segurança da mulher. Além disso, é preciso que a sociedade como um todo se engaje na luta contra a violência de gênero, para que possamos construir uma sociedade mais igualitária e justa para as mulheres.
Aprofunde seu conhecimento sobre o assunto na Wikipedia. Busca uma formação contínua com grandes nomes do Direito com cursos de certificação e pós-graduações voltadas à prática? Conheça a Escola de Direito da Galícia Educação.
Este artigo teve a curadoria de Fábio Vieira Figueiredo é advogado e executivo com 20 anos de experiência em Direito, Educação e Negócios. Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP, possui especializações em gestão de projetos, marketing, contratos e empreendedorismo.
CEO da IURE DIGITAL, foi cofundador da Escola de Direito da Galícia Educação e ocupou cargos estratégicos como Presidente do Conselho de Administração da Galícia e Conselheiro na Legale Educacional S.A.. Atuou em grandes organizações como Damásio Educacional S.A., Saraiva, Rede Luiz Flávio Gomes, Cogna e Ânima Educação S.A., onde foi cofundador e CEO da EBRADI, Diretor Executivo da HSM University e Diretor de Crescimento das escolas digitais e pós-graduação.
Professor universitário e autor de mais de 100 obras jurídicas, é referência em Direito, Gestão e Empreendedorismo, conectando expertise jurídica à visão estratégica para liderar negócios inovadores e sustentáveis.