O papel do Compliance no Direito: Como evitar erros e corrigir falhas
O que é Compliance e qual sua importância no Direito
O termo Compliance vem do verbo em inglês “to comply”, que significa cumprir, obedecer, estar em conformidade com alguma regra ou norma. No contexto do Direito, o Compliance está relacionado à adoção de medidas para garantir que uma empresa ou organização esteja em conformidade com as leis e normas que regem suas atividades, evitando assim possíveis infrações e sanções legais.
É importante ressaltar que o Compliance não é uma área específica do Direito, mas sim uma forma de gerenciamento e controle interno que engloba diversas áreas do conhecimento, como o Direito Penal, Tributário, Trabalhista, entre outros. Sua principal função é prevenir e identificar possíveis desvios de conduta e falhas que possam levar a uma violação da lei.
Os riscos de não estar em Compliance
A falta de Compliance pode trazer graves consequências para uma empresa ou organização, seja ela pública ou privada. Além de possíveis sanções legais, como multas e até mesmo ações penais, a falta de conformidade com as leis pode afetar a imagem e reputação da empresa, gerando prejuízos financeiros e perda de confiança por parte dos clientes e investidores.
Em casos mais extremos, a falta de Compliance pode levar até mesmo ao fechamento da empresa, como ocorreu com a empresa de engenharia Odebrecht, que foi condenada por envolvimento em casos de corrupção.
Como implantar um programa de Compliance efetivo
Para evitar esses riscos e garantir que a empresa esteja em conformidade com as leis, é necessário implantar um programa de Compliance efetivo. Esse programa deve ser personalizado para cada empresa, levando em consideração suas atividades, porte e riscos específicos.
A seguir, apresentamos algumas medidas que podem ser adotadas para a implantação de um programa de Compliance efetivo:
1. Mapeamento de riscos
O primeiro passo para a implantação de um programa de Compliance é realizar um mapeamento de riscos, identificando quais são as áreas e atividades que podem representar maiores riscos de não conformidade com as leis. Isso inclui, por exemplo, questões trabalhistas, fiscais, ambientais, entre outras.
2. Código de conduta
É fundamental que a empresa tenha um código de conduta claro e bem definido, que estabeleça as normas e valores éticos que devem ser seguidos por todos os colaboradores e parceiros. Esse código deve ser amplamente divulgado e conhecido por todos.
3. Treinamentos e capacitação
É importante que todos os colaboradores da empresa, desde os cargos mais altos até os mais baixos, estejam cientes das normas e leis que devem ser seguidas. Por isso, é fundamental investir em treinamentos e capacitações periódicas sobre Compliance e ética empresarial.
4. Canal de denúncias
Um canal de denúncias é essencial para estimular e facilitar a comunicação de possíveis violações e desvios de conduta, garantindo que sejam devidamente apurados e corrigidos. Esse canal deve ser seguro e sigiloso, para que os denunciantes se sintam protegidos ao fazer uma denúncia.
5. Monitoramento e auditoria
É importante que a empresa tenha um sistema de monitoramento e auditoria para garantir que as normas e procedimentos de Compliance estão sendo devidamente seguidos. Isso inclui a análise de documentos e registros, bem como a realização de auditorias internas e externas.
Conclusão
O Compliance é uma prática essencial para garantir que uma empresa esteja em conformidade com as leis e normas que regem suas atividades, evitando assim possíveis riscos e sanções legais. É fundamental que os profissionais do Direito estejam atentos a esse assunto e se atualizem sobre as melhores práticas e estratégias para garantir um programa de Compliance efetivo em suas empresas e clientes.
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Este artigo teve a curadoria de Fábio Vieira Figueiredo é advogado e executivo com 20 anos de experiência em Direito, Educação e Negócios. Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP, possui especializações em gestão de projetos, marketing, contratos e empreendedorismo.
CEO da IURE DIGITAL, foi cofundador da Escola de Direito da Galícia Educação e ocupou cargos estratégicos como Presidente do Conselho de Administração da Galícia e Conselheiro na Legale Educacional S.A.. Atuou em grandes organizações como Damásio Educacional S.A., Saraiva, Rede Luiz Flávio Gomes, Cogna e Ânima Educação S.A., onde foi cofundador e CEO da EBRADI, Diretor Executivo da HSM University e Diretor de Crescimento das escolas digitais e pós-graduação.
Professor universitário e autor de mais de 100 obras jurídicas, é referência em Direito, Gestão e Empreendedorismo, conectando expertise jurídica à visão estratégica para liderar negócios inovadores e sustentáveis.