Liderança e Coaching: Como as tendências do mercado de trabalho podem influenciar sua carreira em 2025
1. O híbrido veio para ficar
Em um mundo cada vez mais digital e flexível, as empresas estão começando a perceber que voltar totalmente para o escritório não é mais uma opção viável. De acordo com dados da Owl Labs, empresa de videoconferência movida a inteligência artificial, o trabalho em tempo integral no escritório diminuiu 6% em comparação com o aumento de 57% de cargos remotos no último ano. Isso mostra que o modelo híbrido, com uma combinação de dias de trabalho presencial e remoto, está se tornando a norma.
A CEO da Prodoscore, empresa de software de inteligência de produtividade, Sam Naficy, concorda que o modelo híbrido veio para ficar. Ele afirma que, apesar da pressão para o retorno ao escritório, a flexibilidade é um fator-chave para os funcionários e poucas empresas vão voltar totalmente ao modelo presencial sem correr o risco de perder talentos.
Além disso, uma pesquisa realizada pela Owl Labs mostrou que os funcionários colocam cada vez mais valor em horários flexíveis ao considerar uma empresa para trabalhar. Isso demonstra uma mudança de prioridades, com uma busca maior por autonomia e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para se adaptar a essa tendência, as empresas devem abraçar uma abordagem mais flexível, incluindo dias sem reuniões e valorizando os resultados em vez de horas fixas de trabalho.
2. Aumento de pedidos de licença remunerada e resignações
Se a sua empresa está pressionando pelo retorno ao escritório, não se surpreenda com um grande número de pedidos de licença ou até mesmo de demissões. De acordo com Deborah Hanus, CEO da Sparrow, plataforma de gerenciamento de licenças de funcionários, o retorno ao escritório pode ter consequências não planejadas. Ela espera um aumento de pedidos de licença por motivo de deficiência ou cuidado com familiares, já que os funcionários procuram maneiras de manter o trabalho remoto ou híbrido. Além disso, é provável um aumento nas demissões, já que as pessoas buscam alternativas para manter suas rotinas com empregadores que apoiem o trabalho remoto.
Organizações que insistem em políticas rígidas de trabalho presencial correm o risco de alienar sua força de trabalho e perder produtividade no processo.
3. Inteligência Artificial vai acelerar carreiras
A Inteligência Artificial (IA) vai além de ser apenas uma ajudante de tarefas e se tornará uma facilitadora de carreiras até 2025. Danielle McMahan, Chief People Officer da Wiley, editora acadêmica, prevê que as empresas vão focar em usar a IA para criar caminhos de carreira personalizados e ajudar os funcionários a alinharem suas habilidades e aspirações com as oportunidades futuras.
Shaji Mathew, Head de Desenvolvimento de Recursos Humanos da empresa de serviços de TI Infosys, concorda. Ele diz que a IA tem o potencial de ajudar os funcionários a aprimorarem suas habilidades e avançarem em suas carreiras por meio de treinamentos personalizados e direcionados. Além disso, a IA pode ajudar a identificar lacunas de habilidades e recomendar novas habilidades, criando caminhos de aprendizado adaptados à aprendizagem contínua.
No entanto, para aproveitar todo o potencial da IA, as lideranças precisam desenvolver iniciativas de capacitação e reciclagem para preparar seus funcionários para o futuro do trabalho. Como afirma Mathew, a IA pode fornecer insights baseados em dados, mas são os seres humanos que dão significado e propósito a essas informações. Portanto, as empresas devem focar em construir uma força de trabalho humana + IA, integrando a inteligência artificial às habilidades humanas enquanto capacitam seus funcionários para serem o “I” na IA.
McMahan ressalta que o treinamento em IA deve ser uma prioridade urgente para o próximo ano, citando uma pesquisa da Wiley Workplace Intelligence que mostra que 61% dos trabalhadores estão interessados em treinamentos em IA. Isso mostra a crescente importância da IA no ambiente de trabalho e a necessidade de estratégias de desenvolvimento impulsionadas pela IA. Espera-se que esse foco no treinamento em IA também ajude a mudar a percepção da IA de ser apenas uma ferramenta de tarefas para uma ferramenta de crescimento de carreira.
4. O papel fundamental dos recrutadores vai mudar
Além de serem integrados aos sistemas de rastreamento de candidatos para encontrar palavras-chave, Felix Kim, CEO da plataforma de recrutamento Redrob, prevê que a IA vai assumir o processo de entrevistas, seja como único entrevistador ou fornecendo perguntas que mantenham a consistência e reduzam o viés.
“Ainda queremos o ser humano em recursos humanos – é uma parte essencial”, diz ele. “Mas encontrar candidatos e fazer as primeiras entrevistas não são aspectos fundamentais do recrutamento. Começaremos a ver uma diferença maior entre um ótimo recrutador e um mediano, pois a IA será capaz de replicar o que um recrutador mediano faz. O aspecto fundamental de um recrutador é criar essa conexão humana e motivar as pessoas sobre um trabalho ou oportunidade que pode não ser visível apenas por meio de uma descrição de cargo.”
5. A continuação do ‘desengessamento consciente’
O termo “desengessamento consciente” se tornou popular no final de 2024, usado para descrever o atual clima de liderança. Ele descreve a resistência das gerações mais novas em assumir papéis de liderança. Stephanie Neal, diretora de pesquisas da DDI
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Este artigo teve a curadoria de Otello Bertolozzi Neto. Cofundador e CEO da Galícia Educação. Coach profissional e executivo com larga experiência no mundo digital e mais de 20 anos em negócios online. Um dos pioneiros em streaming media no país. Com passagens por grandes companhias como Estadão, Abril, e Saraiva. Na Ânima Educação, ajudou a criar a Escola Brasileira de Direito e a HSM University dentre outras escolas digitais que formam dezenas de milhares de alunos todos os anos.