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Como a agenda ESG ajuda no valuation das empresas

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Na última década pudemos observar a transformação do cenário da sustentabilidade no Brasil e também no mundo inteiro. Foi-se o tempo em que ela era considerada uma despesa ou era usada apenas para melhorar a reputação das empresas.

Durante bastante tempo acreditou-se que muitas empresas que investiam em sustentabilidade faziam isso por ideologia. Já outras o faziam para se diferenciar do seu nicho de mercado.

Ou seja, esse assunto chegava apenas para uma parcela muito pequena dos consumidores que realmente estavam preocupados com o futuro do planeta. Hoje, depois da mudança de visão e entendimento sobre sustentabilidade, o cenário é completamente diferente.

Investir em sustentabilidade não é mais considerado um gasto, mas sim ganho. A diferenciação de nicho transformou-se em posicionamento de marca e responsabilidade social.

Quando as janelas do ESG (Environmental, Social and Governance) foram abertas, as organizações tiveram vista para um novo mundo – inclusive, abrindo as portas para um novo tipo de mercado investidor, aumentando significativamente o valuation das organizações.

Como a agenda ESG ajuda no valuation das empresas

As organizações que possuem práticas bem estabelecidas em ESG são mais eficientes, responsáveis e sustentáveis quanto ao uso dos recursos naturais, sem contar o desenvolvimento do capital humano e a gestão da inovação.

Tais aspectos podem garantir que a empresa se mantenha lucrativa e competitiva a curto e a longo prazos. A ideia de que a empresa precisa se conectar aos impactos que ela gera cria uma operação sustentável que inevitavelmente atrai mais talentos e clientes, ampliando o seu mercado consumidor. 

Organizações com possuem um forte perfil em ESG estão menos vulneráveis aos choques de mercado, demonstrando menores riscos. Ao demonstrar riscos menores, há valorização em suas ações. 

Na prática, isso se traduz trazendo um menor custo capital para a empresa. Consequentemente, um menor custo capital reflete diretamente em um valuation maior.

Mas, afinal, o que é valuation? Em português, avaliação. É o processo de análise sobre o valor de algo, a partir de várias projeções. Nesse caso, estima-se o valor de uma empresa.

O que é agenda ESG e sua importância para as empresas

A agenda ESG é um conjunto de boas práticas que demonstram o quão consciente a empresa está em relação ao papel que desempenha no âmbito social e ambiental.

As organizações que possuem uma agenda ESG possuem uma gestão que não é voltada apenas para o lucro. Todos os processos produtivos são realizados baseados nos três pilares: ambiental, social e governança.

A cada dia a agenda ESG ganha mais destaque no mundo dos negócios, em razão do protagonismo da pauta da sustentabilidade e a importância enorme que ela ganhou no ambiente corporativo.

O impacto das práticas ESG no valuation de empresas

Atualmente, as empresas possuem papéis fundamentais na sociedade, que vão muito além de oferecer um bom serviço ou produto. Hoje elas atuam como agentes de transformação e ditam tendências. 

O interesse das empresas que contam com a agenda ESG é entregar algo que tenha valor e ao mesmo tempo desenvolva o mercado. Não à toa, empresas bem avaliadas pelo seu ESG costumam desenvolver bons planos de negócio. 

Além dos planos de negócios (a longo prazo), há também os planos de incentivo para a alta gestão. Obter boas vantagens competitivas gera um ótimo retorno de investimento, o que leva a uma maior lucratividade.

 

Métricas ESG relevantes para o valuation de empresas 

O desafio das métricas está presente em todas as companhias que desejam alcançar a liderança, porque elas precisam acelerar a adoção de métodos de mensuração para as iniciativas de aspectos ESG. Surgiu, assim, a ideia do capitalismo consciente, que parte do princípio de que olhar apenas para o financeiro acaba deixando de lado outros aspectos importantes para o ser humano, como, por exemplo, capital humano, preservação da natureza e reputação corporativa. Esses aspectos também geram (muito) valor financeiro para a empresa, mas eles não são necessariamente medidos pelos modelos tradicionais.

Novos tempos exigem novas métricas, e medir a evolução das ações ESG e comparar empresas diferentes é muito complexo. O maior desafio está no fato de que cada organização é ímpar e possui características únicas.

As métricas devem adotar pesos diferentes para diferentes aspectos relacionados ao ESG, uma vez que a relevância de cada um dos indicadores vai variar de acordo com o seu segmento.

Para lidar com essa complexidade, o Internacional Business Council do Fórum Econômico Mundial desenvolveu  em parceria com a EY uma série de indicadores universais. Como resultado, foram identificadas 21 métricas-chave e 34 métricas expandidas. 

• Métricas-chave: São focadas primeiramente nas atividades realizadas pela empresa, sendo os indicadores mais estabelecidos. São métricas quantitativas.

• Métricas expandidas: são menos difundidas porque possuem um espaço  maior na cadeia de valor na hora de identificar os impactos de maneira mais tangível. 

A crescente demanda por investimentos ESG por investidores

A demanda por investimentos responsáveis está cada dia maior, e as empresas que cumprem a agenda ESG estão se tornando muito mais atraentes para os investidores. 

Levando em conta que os investidores estão em busca de empresas que estejam alinhadas tanto com suas aplicações financeiras quanto aos seus valores e crenças. 

Diante desse cenário, podemos afirmar com toda certeza que hoje investir nessas empresas é a melhor forma de mitigar possíveis riscos, melhorando o desempenho financeiro e, principalmente, estar alinhado com os valores éticos e de responsabilidade social.

Implicações financeiras e de reputação da adoção de práticas ESG pelas empresas 

O ESG se destaca positivamente, e a cada dia é mais importante. Um dos principais motivos é a maneira como os investidores estão se tornando mais conscientes.

A visão sobre investimentos tomou um rumo diferente, expandindo a sua visão sobre questões sociais e ambientais. Na prática, empresas que não se adaptam às boas práticas de ESG estão fadadas a ter má reputação no mercado. 

A aplicação das práticas está relacionada ao desempenho financeiro positivo e duradouro, porque sua gestão é mais eficiente, evitando que a empresa corra riscos regulatórios e reputacionais. 

O mercado está em busca de profissionais que estejam prontos para encarar os desafios do ESG. Para isso, a Galícia Educação oferece cursos atualizados, que estão a par da demanda do mercado.

Um dos cursos oferecidos pela Galícia Educação é o MBA em Relações com Investidores e Governança Corporativa. Esse curso aborda as melhores práticas de governança corporativa, as estratégias de comunicação com investidores e as técnicas para promover a sustentabilidade nas empresas. Se você estiver interessado, pode obter mais informações e se inscrever no curso.

Não fique de fora, venha aprender com os melhores líderes do mercado.

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Gustavo Cerbasi é um renomado especialista brasileiro em finanças pessoais, palestrante, escritor e consultor financeiro. Conhecido por suas abordagens práticas e acessíveis sobre como gerenciar